quinta-feira, outubro 27, 2011

Aprendendo com os erros do "filho pródigo".


Aprendendo com os erros do "filho pródigo".                           
                                                                  
"Aquilo que os filhos não aprendem em casa, a vida se encarrega de ensiná-los, e, quase sempre, de forma dolorosa".

Quais seriam os conselhos de um filho
que saiu de casa e perdeu tudo?
                        É sempre melhor aprender com os erros dos outros do que errar para aprender. Até aqui, aprendemos muito com as virtudes do pai. Agora, vamos extrair algumas lições dos erros cometidos pelo "filho pródigo". Se pudéssemos perguntar para esse filho, depois da sua dolorosa experiência: "Quais os conselhos que você daria para não passarmos por tudo o que você passou e nem sofrermos tudo o que você sofreu?" Certamente, ele nos conselhos imprescindíveis.
Primeiro - Cuidado com as suas decisões em tempo de crise
                        Para se tomar decisões relevantes na vida, o pior momento é quando estamos vivendo em tempo de crise.
                         Como disse no início, a crise pode tanto ser uma grande oportunidade de crescimento, como pode ser um tempo muito perigoso onde podemos nos perder. Eu experimentei um momento de grande crise na minha vida, provocada pela perda do meu pai, que morreu num acidente de automóvel, numa rodovia na cidade de Vinhedo, no Estado de São Paulo. Eu tinha apenas dezoito anos de idade, e ele estava com cinqüenta e um anos. Foi o fato que mais marcou-me  em toda a minha vida.
                        Assim que fiquei sabendo do ocorrido, a única coisa que eu me perguntava, era: "Como será a nossa vida daqui para frente?" Foi nesse tempo que eu ouvi de um pastor, que é muito amigo: "Josué, não toma nenhuma decisão, não venda, não troque, não compre, não negocie, não mude, não decida nada neste momento. Espere o coração se acalmar, não tenha pressa, pois este não é o melhor momento para você e sua família tomarem decisões importantes".
                        O sábio Salomão escreveu: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec 3.1).
Lembre-se: as suas decisões afetam aqueles que caminham, viajam e convivem com você.
                        Com freqüência, eu ouço pessoas dizendo: "Ninguém tem nada a ver com a minha vida. Eu sou dono do meu destino". Não existe forma de tomar decisões relevantes sem que outras pessoas sejam beneficiadas ou prejudicadas por nossa causa. Todas as decisões que tomamos têm implicações na vida de outras pessoas. Eva perdeu tudo o que o Senhor havia lhe dado, e mais. Hoje,  toda a humanidade sofre por causa de uma decisão errada que ela tomou (Gn 3).
                        Por causa de uma outra decisão errada, Jonas, apesar de ser um profeta do Senhor, fez com que todos os que estavam no mesmo barco que ele sofressem as conseqüências do seu erro (Jn 1). Sansão, apesar de ser um escolhido do Senhor, tomou uma decisão tão errada, que fez com que perdesse a presença de Deus na sua vida (Jz 16). Judas Iscariotes tomou duas decisões erradas: a primeira foi a de trair Jesus; a segunda foi porque,  não suportando a dor do remorso, acabou optando por tirar a sua própria vida (Mt 27.5).
         É provável que muitos dos meus leitores estejam prestes a tomar uma decisão ainda hoje, ou na próxima semana, ou no próximo mês.

Algumas sugestões que podem ajudar você na hora de tomar uma decisão importante:
(1)   Deus precisa estar no controle das suas decisões. Quando você ora: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade..." (Mt 6.10), é o mesmo que dizer:  "Senhor, toma o controle da minha vida, dirige todos os meus passos, guia-me por caminhos seguros, não deixe que os meus pés vacilem". Tudo o que começa com Deus,  termina debaixo da Sua bênção. Bem-aventuradas são as pessoas que procuram envolver Deus em tudo o que fazem. Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Ninguém  melhor do que Ele para nos mostrar o que será para o bem das nossas vidas. Infelizmente, muitos buscam o Senhor quando já tomaram suas decisões por conta própria e, por isso,  estão sofrendo as conseqüências do seu erro. Antes de tomar qualquer decisão relevante na sua vida, busque a orientação do Senhor.
(2) Quando a decisão é relevante, demore um pouco mais, "durma" sobre a questão, ore mais um pouco. Decisões bem tomadas são aquelas  que decidimos com calma, sem nos precipitar. "Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Sl 40.1). Quase sempre, as piores decisões são aquelas tomadas de forma precipitada. Lembro-me  que um jovem veio à minha casa pedir minha filha em namoro. Conversamos um pouco, percebi que ele era um bom rapaz e que daria um bom marido. Porém, eu perguntei aos dois: "Vocês estão dispostos a orar comigo durante trinta dias, antes de tomar a decisão final?"
         A espera também é também uma prova do amor; quem não sabe esperar, ainda não aprendeu a amar. Decisões importantes requerem paciência para tomá-las. O jovem e a minha filha aceitaram o tempo de espera, e eu considerei esse um ponto muito positivo. Depois de um mês de oração, os dois acharam melhor não começar o namoro, pois, entenderam que a vontade de Deus era outra. Esperar em Deus é sempre melhor.
(3) Tenha conselheiros com os quais você possa se orientar. "Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança" (Pv 11.14). Com certeza, o "filho pródigo" não tinha conselheiros com os quais ele buscava orientação para tomar decisões importantes. Um conselho pode nos livrar dos caminhos da morte. Veja o valor dos conselhos das pessoas sábias.
         Conta-se que um casal de jovens recém-casados era muito pobre e vivia  de favores num sítio do interior. Um dia, o marido fez a seguinte proposta à  esposa: "Querida, eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar  um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida  mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço  uma coisa, que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim,  pois eu serei fiel a você".
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até  encontrar um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua   fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar. Foi aceito.  Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto  seria o seguinte:  "Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e, quando eu  achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.  Eu não quero receber o meu salário. Peço que o senhor o coloque  na poupança, até o dia em que eu for embora.  No dia em que eu sair, o senhor me dá o dinheiro, e eu sigo o meu caminho". Tudo combinado. Aquele  jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos, chegou para o patrão e disse:  "Patrão, eu quero o meu dinheiro,  pois estou voltando para a minha casa".
O patrão então respondeu-lhe: "Tudo bem. Afinal, fizemos um pacto  e vou cumpri-lo. Só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?       Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora, ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro, e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro,  eu não lhe dou os conselhos, e se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o  dinheiro.  Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta".
Ele pensou  durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:  "Quero os três conselhos". O patrão novamente frisou: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro". E o empregado respondeu: "Quero os conselhos".    Disse, então, o patrão:  
1) Nunca tome atalhos, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida;
2) Nunca seja curioso para aquilo que é do mal, pois a curiosidade para o mal pode ser fatal;
3) Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você  pode se arrepender e ser tarde demais.
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim: "Aqui você tem três pães: dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar à sua casa".
O  homem então seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou  um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Para onde você vai?"  Ele respondeu-lhe: "Vou para um lugar muito distante, que fica a mais  de vinte dias de caminhada por esta estrada". O andarilho disse-lhe, então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é muito melhor. Você chega em poucos dias." O rapaz, contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal.  Dias depois, soube que o atalho levava a uma emboscada. 
 Depois de algum tempo de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pôde hospedar-se. Pagou a diária e, após tomar um banho, deitou-se para dormir. De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou-se e dormiu.
 Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem  perguntou-lhe se ele não havia ouvido um grito; e ele disse que sim, que tinha ouvido. O hospedeiro disse: "E você não ficou curioso?" Ele disse que não. Daí, o hospedeiro respondeu: "Você é o primeiro hóspede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura; grita durante a noite e, quando o hóspede sai, mata e o enterra no quintal."
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar à sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pôde ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha, em seu colo, a cabeça de um homem, a quem estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração encheu-se de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e matá-los, sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e, no dia seguinte, tomar uma decisão.
Ao amanhecer,  já com a cabeça fria, ele refletiu:   "Não vou matar minha esposa e nem o seu  amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele  aceite-me de volta. Só  que, antes, quero dizer à minha esposa que eu sempre fui fiel a ela."
Dirigiu-se à porta da casa, e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece,  se  atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não  consegue. Então, com lágrimas nos olhos, ele lhe diz: "Eu fui fiel a você durante todos esses anos;  e  você me traiu..."
Ela, espantada,  responde-lhe: "Como? Eu nunca o traí. Esperei durante esses vinte anos!" Ele então  perguntou-lhe: "E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?" E ela lhe disse: "Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje, ele está com vinte anos de idade."
 Então o marido entrou, conheceu e abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão.  Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção, ele parte o pão e, ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro: o pagamento por seus vinte anos de dedicação e trabalho!
Muitas vezes, achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade. Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito, e que nada de bom nos acrescentará. Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois.
Espero que você, assim como eu, não se esqueça desses três conselhos e não se esqueça também de confiar, mesmo que a vida muitas vezes já tenha lhe dado motivos para a desconfiança.
Veja o valor de três conselhos que livraram o homem da morte. Um dos livros que mais leio na Bíblia é o de Provérbios: "O livro dos Conselhos". Qualquer pessoa que deseja viver a vida com prudência e sabedoria deve ler o Livro de Provérbios todos os dias. Nele, está escrito: "O tolo sempre acha que a sua opinião é a única  certa, mas os sábios ouvem os conselhos com atenção" (Pv 12.15).

O poder da Língua!

O PODER DA LÍNGUA




A comunicação é o oxigênio do relacionamento. Podemos dar vida ou matar um
relacionamento dependendo da maneira como nos comunicamos (Pv 18.21). Nossa
língua pode ser medicina que cura ou espada que fere; pode ser tônico de
vida ou veneno que mata. Tiago diz que devemos ser pessoas prontas para
ouvir, tardias para falar e tardias para irar (Tg 1.19). Devemos ouvir mais
e falar menos. Devemos perdoar em vez de explodir ou guardar mágoas. No
capítulo três da carta de Tiago há uma descrição minuciosa acerca do poder
da língua.

1. A língua tem o poder de dirigir (Tg 3.3,4) - Tiago compara a língua ao
freio de um
cavalo e ao leme de um navio. Um cavalo indócil é um animal perigoso, mas
depois de domesticado usa sua força para servir. Um pequeno freio direciona
um forte animal. De igual maneira, um imenso navio é conduzido pelas águas
revoltas por um pequeno leme. É por causa do leme que o navio não se choca
com as rochas e não provoca desastrosos acidentes. A língua tem de igual
forma o poder de dirigir. Ela pode nos conduzir pelas veredas da vida ou nos
empurrar para o abismo da morte. Ela pode nos encaminhar para o desfrute da
felicidade ou nos fazer amargar as mais dolorosas frustrações.

2. A língua tem o poder de destruir (Tg 3.5-10) - Tiago compara também a
língua ao fogo e ao veneno. Ambos são altamente destruidores. Uma pequena
fagulha pode incendiar uma grande floresta. Uma pequena dose de veneno pode
matar uma pessoa. A língua é fogo e também veneno. Ela é altamente
destrutiva. Uma palavra maledicente, uma crítica mordaz, um boato maldoso
pode espalhar-se como um rastilho de pólvora e provocar grandes estragos. Um
comentário doloso acerca de uma pessoa pode ser como um veneno mortal que
provoca sofrimento e morte. A Bíblia diz que a nossa palavra deve ser
verdadeira, boa para a edificação e deve também transmitir graça aos que a
ouvem.

3. A língua tem o poder de alimentar (Tg 3.11,12) - Tiago compara finalmente
a língua a uma fonte e a uma árvore frutífera. Podemos saciar os sedentos e
mitigar a fome dos famintos com a nossa palavra. Nossos lábios devem
destilar mel. Nossa boca deve ser uma fonte de onde jorra palavras de vida.
Nossa língua deve ser uma árvore frutífera, onde os famintos encontrarão
frutos doces e sazonados. Nossa comunicação precisa estimular e encorajar as
pessoas a viverem uma vida plena em Deus. Precisamos ser abençoadores e
encorajadores. Nossa língua deve ser canal de vida e não instrumento de
morte. Precisamos fortalecer os fracos e não abater os feridos. Precisamos
terapeutizar as feridas e não provocar traumas. Precisamos estender a mão e
não pisar naqueles que já estão caídos. Precisamos fazer da nossa língua uma
fonte que jorra águas cristalinas e não uma cacimba de águas lodacentas.

Tiago diz que o homem, com sua capacidade, tem domado os animais voláteis,
terrestres e aquáticos. Porém, a língua ele não consegue domar. Às vezes, da
mesma boca saem louvores a Deus e palavras imorais; da mesma fonte saem
águas doces e amargas. Não podemos viver essa contradição. Nossa língua
precisa estar debaixo do controle do Espírito Santo. Nossa comunicação
precisa ser santa, pura e motivada pelo amor. Nosso relacionamento no lar,
no trabalho, na escola e na igreja pode ser melhor se usarmos nossa língua
para glória de Deus e para a edificação uns dos outros.

TIRANDO AS SANDALIAS DOS PES




 TIRANDO AS SANDALIAS DOS PES
  • Quais as lições que podemos aprender desta ordem divina feita a Moisés no Monte Horebe?
1. A LIÇÃO DA OBEDIÊNCIA
  • Imediatamente, ao ouvir a divina ordem, Moisés tira as suas sandálias.
  • As bênçãos são derramadas a partir de um coração submisso a Deus - Dt 28:1-7
2. A LIÇÃO DA HUMILDADE
  • Ao tirar os sapatos, Moisés desceu um pouco, ficando na sua real estatura.
  • Os calçados do orgulho e da prepotência nos impedem de sermos usados por Deus - 1 Pe 5:6
3. A LIÇÃO DA SANTIDADE
  • O Senhor disse a razão de Moisés tirar as sandálias: Porque a terra onde pisas é santa.
  • Moisés foi lembrado por Deus: Estes sapatos andaram por caminhos que não foram os meus, pisaram a senda do mal. É necessário que sejam tirados - Hb12: 14, 1 Pe 1:15,16
4. A LIÇÃO DO CONTATO COM O FOGO
  • Ao tirar as sandálias, Moisés tocou o solo impregnado pelo fogo.
  • É desejo de Deus que lancemos fora tudo que nos isola do fogo do Espírito - At 2:1-4
5. A LIÇÃO DA POSSESSÃO DA TERRA PROMETIDA
  • É digno de nota o fato de os dois únicos homens na Bíblia que Deus deu a ordem de tirar os sapatos dos pés, Moisés (Ex 3:5) e Josué (Js 5:15), foram os dois homens relacionados para conduzir e introduzir o povo de Israel na Terra prometida.
  • Isto nos diz que a possessão das promessas e bênçãos estão condicionadas a nossa renuncia e obediência a voz de Deus - Is 1:19.

OS TRES PRINCÍPIOS QUE REGEM NOSSA COMUNHÃO COM DEUS


OS TRÊS PRINCÍPIOS QUE REGEM NOSSA COMUNHÃO COM DEUS

A vida de comunhão com Deus é muito mais do que momentos esporádicos de devoção e louvor, é muito mais que frequência a cultos. Comunhão com Deus se define por estreito relacionamento com Deus.  Por conseguinte, vale dizer que é impossível usufruir da comunhão com Deus, alienado de Sua presença e conhecimento.
A Escritura nos aconselha: Conheçamos ao Senhor e prossigamos em conhecê-lo (Os 6:3). Nesta Lição, Jesus nos ensina cinco princípios da verdadeira comunhão com Deus:

1.    O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE
1.1           Reciprocidade de vontades - Na plena comunhão com Deus, a nossa vontade submete-se a Vontade dEle. Não pode haver comunhão com Deus, sem submissão a Ele. (Sl 37:5) (At 9:6) (Lc 22:42)
1.2           Reciprocidade de companhias - Sabemos que quanto mais nos aproximamos de Deus, mais Ele se aproximará de nós.  "Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós (Tg 4:6)". Em tempo algum Deus terá comunhão com alguém que não quer sua companhia. "Andarão dois juntos se não estiverem de acordo"(Am 3:3).
1.3           Reciprocidade de corações - Este é o ponto que assinala o clímax da verdadeira comunhão com Deus. Quando somos alcançados e envolvidos pelo seu amor (Jr 31:3) (Jo 13:1) (Rm 5:5),  manifestamos a Ele o nosso sincero amor, dizendo como a Sulamita, amada do rei Salomão:  Eu sou do meu amado e o meu amado é meu (Ct 6:3).  Lembrando sempre, com alegria, que nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4:19).

2.    O PRINCÍPIO DA PROGRESSIVIDADE
2.1          Progressividade na Comunhão  fala de crescimento no conhecimento de Deus
A mulher samaritana dá-nos uma belíssima lição a respeito em João 4.   Vemos ali, passo a passo, o conhecimento a respeito do Senhor ser crescente, progressivo: Ela conhece Jesus como um simples judeu (Jo 4:9),  em seguida como Senhor (Jo 4:11), depois, como a Fonte da água viva (Jo 4:15), como profeta (Jo 4:19)  e finalmente como o Cristo (Jo 4:29).
2.2           Progressividade na Comunhão com Deus é como o romper da aurora até ser dia perfeito
A carreira cristã é bem definida pelo texto de Provérbios 4:18, que diz:  Mas a vereda dos justos, é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Isto implica em crescimento e progresso espiritual.  Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais luz teremos em nosso caminho.  Oséias 6:3 nos declara que o crescente conhecimento de Deus trará como benção, dias esplendorosos pra nós:  Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor, como a alva será a sua saída
 2.3         Progressividade na Comunhão com Deus fala de maturidade espiritual
Quantos que, a despeito dos muitos anos de fé, ainda não experimentaram a verdadeira e profunda comunhão com Deus, porque são como anões espirituais, que não se desenvolvem.
Sabemos que o crescimento deve ser sadio e coerente (2 Pe 3:18), para que cheguemos a maturidade espiritual tão desejada (Ef 4:13-16).

3.    O PRINCÍPIO DA PROFUNDIDADE
 3.1           Profundidade na Comunhão com Deus fala de vida espiritual com raízes profundas
Paulo ao referir-se a esta maravilhosa verdade, desejava que os crentes de Colossos, tivessem profundas raízes em Cristo (Cl 2:7).
Somente podermos dar frutos para cima, se estivermos enraizados em Deus, como declara Isaías 37:31 "...tornará a lançar para baixo e dará fruto para cima.".
Assim sendo, plantados em Cristo, a Fonte das águas vivas, seremos como José:   ...ramo frutífero junto a fonte, seus ramos correm sobre o muro." (Gn 49:22).
Que sejamos como a palmeira, cujas raízes penetram o profundo da terra; e quando chega a tempestade, está firme (Sl 92:12).
3.2           Profundidade na Comunhão com Deus é como cavar um poço
Certa vez, quando menino, vi um homem cavar um poço. Três coisas eu pude observar. Primeira: Para se cavar um poço, se cava de joelhos. Segunda: O que cava, depende em tudo daquele que fica encima. Terceira:  Cava-se até achar água.
O exercício da Comunhão também é assim:   Não podemos ter comunhão, sem estarmos de joelhos aos pés do Senhor (1 Ts 5:17) (Ef 6:18).  Nunca esqueçamos que sempre dependemos daquele que está encima (Tg 1:17) (Jo 15:5) e que devemos perseverar até encontrarmos a água viva (Is 12:3). 
3.3  Profundidade na comunhão com Deus é como um profundo mergulho
Paulo pode usufruir da experiência de mergulhar no mar da graça e da glória de Deus, e ao constatar sua profundidade, exclamou: Ó profundidade das riquezas (Rm 11:33).  
Por isso pode conhecer as insondáveis riquezas de Cristo (Ef 3:8­)­
Paulo sabia que somente podia mergulhar em Deus, graças a ajuda gloriosa do querido Espírito Santo (1 Co 2:9,10). Portanto, permitamos a cada dia que o bendito Consolador nos leve as águas profundas da Comunhão com Deus.
Um fraternal abraço, na doce comunhão do Senhor,
Pastor Marcos

SERIE ARTE DA GUERRA PARTE 6


A Arte da Guerra - Parte 6
SEXTO. A ARTE DA TÁTICA DE COMBATE

Uma batalha é ganha com planejamento e estratégia. Que tática usar para derrotar o inimigo. Jesus utilizou uma linguagem militar para falar do custo do discipulado, do preço de segui-lo. Quem quer ser seu discípulo deve calcular o custo e ver se consegue levar a empreitada até o fim.

"Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz" (Lc 14.31-32).

Deus, o grande especialista na arte de guerrear ensinou os conquistadores de Canaã em como enfrentar inimigos mais fortes e poderosos do que o povo recém saído da escravidão. A Josué orientou que o povo todo marchasse em silêncio durante sete dias, dando uma volta por dia ao redor da cidade de Jericó, e que no sétimo dia a rodeassem sete vezes. Somente na última volta o povo tocaria e trombeta e romperia em gritos. A cidade caiu e Jericó foi conquistada. (Js 6.3-20).
A tática de destruir a cidade de Ai foi a de preparar uma emboscada estratégica na cidade. No plano de Deus, a arte da guerra consistia em que uma parte do exército atacaria pela frente da cidade, enquanto outra parte estaria do outro lado escondida. Quando os soldados de Ai viram o exército pela frente, pensaram que os soldados fugiriam como das outras vezes. Ao saírem contra o povo de Israel o povo fez de conta que fugia, e o segundo exército, então, atacou a cidade pela retaguarda. Novamente o plano de Deus funcionou (Js 8.1,2).
Deus deu a Gideão as coordenadas de guerra para que ele vencesse os midianitas. Seu pequeno exército de homens escolhidos e treinados deveria ser dividido em três pelotões de 100 homens cada. Suas armas eram tochas, cântaros e trombetas. A ordem de Deus é que deveriam dar um grito de guerra. A Bíblia diz que eles tocaram as trombetas, gritaram e quebraram os cântaros e "permaneceu cada um no seu lugar ao redor do arraial". Deus fez o livramento (Jz 7.16).
Um outro exemplo ainda é o da guerra de Josafá contra os amonitas. A tática de Deus ou, a arte de guerra consistia em colocar cantores paramentados à frente de todo o exército (2 Cr 20.19,21). Aqui também não usaram armas. Os sacerdotes e os levitas saíram à frente de todo o exército louvando e glorificando a Deus, cantando ao Senhor, "porque ele é bom e as suas misericórdias duram para sempre".
O plano de guerra e a tática de combate devem ser buscados diante do Senhor em oração. Numa batalha de oração como a que mencionei contra o congresso internacional da Nova Era em determinado lugar do Brasil, Deus nos deu todo o plano de oração e de ação enquanto estávamos em Belém, no Pará. Mais tarde co?mecei a entender porque isto acontecera. Estávamos longe do local e espiritualmente isto foi importante, pois os espíritos que operam nas regiões celestiais naquele estado certamente não tinham ciência do que aconteceria no estado onde se travaria a batalha. Lá, em oração diante do Senhor com meu colega de quarto, tivemos muita luz sobre tudo o que deveríamos fazer.
A equipe de obreiros da cidade em questão preparou todo o programa da igreja numa ação paralela ao da Nova Era. Por exemplo: durante as noites, enquanto eles tinham conferência, a Igreja se reunia num outro ginásio para louvor, adoração, pregação e oração. O povo compareceu ao ginásio para um evento da Igreja e a maioria dos irmãos nem tinham ciência da guerra espiritual que a cidade travava. Somente no local do encontro da igreja, os irmãos ficavam sabendo e eram levados a orar pela cidade. Enquanto isto os guerreiros adestrados previamente estavam infiltrados nas reu?niões da Nova Era, opinando, orando, fazendo perguntas, etc. Participavam como se fossem congressistas daquele encontro. As equipes de vigilância e oração se revezavam a todo instante caminhando ao redor do quarteirão, orando e amarrando os demônios. Estes irmãos eram substituídos a cada duas horas para não chamarem a atenção sobre eles.
Os organizadores daquele encontro maléfico sentiram a presença da igreja, pois não conseguiam se "concentrar" e não havia "fluídos espirituais" em suas reuniões. Por outro lado os guerreiros que estavam envolvidos na batalha estavam de tal forma submissos que nunca sabiam qual a sua próxima missão; para onde iriam e o que fariam. Somente os coordenadores da batalha sabiam do plano de guerra e designavam as pessoas para a missão que deveriam cumprir.
Finalmente é Paulo quem nos fornece a última tática para a arte de guerra. Escrevendo para os efésios sobre a batalha do cristão, ele diz: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Ef 6.13). Paulo está dizendo que devemos tomar o território do inimigo permanecendo ali, ocupando o espaço. Se um país quer dominar uma região tem de deixar uma base militar na região conquistada, do contrário o inimigo que já foi derrotado, assim que o exército conquistador deixar o local, voltará a ocupar a antiga base. "permaneçam inabaláveis", isto é, não abandonem sua posição de conquista; fiquem no mesmo local guarnecendo a terra para que o inimigo não retorne.
O Senhor Jesus usou da linguagem de guerra para falar do interior do homem libertado dos demônios. Se a casa ficar desocupada, isto é, se o cristão não permanecer vigilante cuidando de sua vida interior, demônios mais fortes voltarão a ocupar a antiga base. "Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro" (Lc 11.24-27).
O lugar conquistado tem de ser mantido ocupado! Caso contrário a região conquistada voltará a ser ocupada e a luta terá sido em vão.
Na arte da guerra, Deus ensina que o cristão depois de vencer tudo, tem de permanecer inabalável, não dando espaço para o inimigo!

SERIE ARTE DA GUERRA PARTE 5


A Arte da Guerra - Parte 5
QUINTO. PREPARAÇÃO E ESCOLHA DOS GUERREIROS 

Uma guerra é travada com soldados bem preparados. Estudando-se a arte da guerra do Antigo Testamento percebe-se que Deus trata da qualidade dos guerreiros de maneira especial.
Em primeiro lugar Deus elimina a todo o que é medroso. Em Deuteronômio 20 Deus estabeleceu este princípio para a nação de Israel nos dias de Moisés. Os sacerdotes e os oficiais deve?riam anunciar a guerra e pedir que todos os que fossem medrosos voltassem para suas casas. Quando Gideão usou esta arte divina, dos 32 mil que com ele estavam alistados, 22 mil voltaram para casa. Um soldado medroso infunde terror ao colega de combate e traz desânimo ao exército. O medo indica que o guerreiro não está confiando em Deus. "Não os temerás; pois o Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egito está contigo... não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles..."
"E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração" (Dt 20.1,3,8).
A obra de Deus é feita por gente de coragem; pessoas que confiam em Deus; que sabem que seu General está no comando da tropa e que é um grande vencedor. O lugar de medrosos não é na guerra, enfrentando demônios, príncipes satânicos, governadores do mundo espiritual, mas em casa, ou trancado nas quatro paredes do templo onde é mais seguro. Batalha espiritual contra as forças satânicas é para gente treinada e escolhida por Deus.
Deus procura eliminar do meio do exército todo homem cujo coração esteja noutra coisa que não a guerra.

"Os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a consagre. Qual o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a desfrute. Qual o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outro homem a receba" (Dt 20.5-7).

Gente preocupada com a construção da nova residência não tem o coração inteiramente na batalha. A construção não lhe dá tempo para sair e expulsar demônios, jejuar, preparar-se no estudo da palavra de Deus. Pessoas que possuem fazendas e colheitas a serem feitas, estão mais preocupadas com a lavoura do que com a guerra espiritual e alguém com data de casamento marcado não se atreverá a entrar numa batalha espiritual em que os demônios se lançarão sobre ele como abelhas revoltadas.
Deus também busca os adestrados para o combate. Pessoas treinadas e capacitadas são seu principal alvo. Senão vejamos: Em Juízes no episódio de Gideão contra os midianitas, Deus concluiu que o número de pessoas era ainda grande. Depois de eliminar os medrosos, Deus propõe a escolha dos habilitados para a guerra levando-os às águas para serem provados (Jz 7.4-7). O próprio Senhor faz o teste junto às águas e dos dez mil valentes, somente 300 estavam habilitados aos olhos de Deus para a batalha. Uma coisa é uma pessoa ser valente, outra é ser bem treinada. Valentia e treinamento têm de andar juntos.
Quando Josué destruiu a cidade de Ai, ele também escolheu os seus valentes (Js 8.3,4). Moisés ao guerrear contra Amaleque especificou o que queria dizendo a Josué: "Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque..." (Ex 17.9). No capítulo 31 de Números o próprio Deus escolhe a dedo os que deveria fazer a guerra - porque ele sabe onde estão os valentes treinados para a guerra (Nm 31.1-5). No Antigo Testamento encontramos vez após vez expressões como "homens valentes", "valentes de guerra", etc. A tribo de Gade tinha homens valentes que eram treinados na guerra, e de Manassés se diz que eram "guerreiros valentes, homens famosos". De Issacar a escritura diz que a tribo possuía "homens valentes nas suas gerações" e de Benjamim, "homens valentes... capazes de sair à guerra". Aqueles que vieram a Davi em Hebrom eram entendidos na guerra, habilitados para a batalha e homens de coragem "Dos filhos de Rúben, dos gaditas e da meia tribo de Manassés, homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra, houve quarenta e quatro mil setecentos e sessenta, capazes de sair a combate" (1 Cr 5.18). Outros textos: (1 Cr 5.18,24; 7.2,4,11,40; 12.1-40).
O próprio Davi tinha homens adestrados para a peleja e eles aparecem em destaque como os "valentes de Davi" (2 Sm 23.8-39). A escritura fala sobre alguns deles quando da coroação de Davi em Hebrom, como rei de Israel. Numa descrição detalhada de todos os valentes que foram coroá-lo rei, o texto bíblico diz: "São estes os principais valentes de Davi. que o apoiaram valorosa mente no seu reino, com todo o Israel...eis a lista dos valentes de Davi..." (1 Cr 11.10,11). Será que Jesus nos escolherá como valentes seus para lutar suas batalhas até que ele seja o Rei de nossa nação? E os nomes destes homens valentes ocupam um grande espaço da Escritura em 2 Samuel 23. Eram homens que não tinham medo e perfeitamente habilitados para a guerra.
Escolher, adestrar e enviar foi o que fez nosso Senhor Jesus Cristo depois de uma noite de oração. "E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles..." (Lc 6.12). Sabe-se que eram muitos os seus discípulos, mas dentre todos, Jesus selecionou os Doze e os treinou. Observe que , ao ressuscitar a filha de Jairo, Jesus levou somente alguns homens com ele ao quarto onde estava a menina (Mc 5.37).
Paulo usou deste mesmo princípio para escolher seus companheiros de jornada e de ministério.
Não devemos nos iludir: nem todo cristão é um guerreiro. Nem todos da igreja podem se envolver numa batalha espiritual na cidade. O certo seria que todos os membros da se envolvessem, mas empecilhos porque, nem todo membro de igreja é, de fato, membro da Igreja e guerreiro do exército do Senhor

SERIE ARTE DA GUERRA PARTE 4



A Arte da Guerra - Parte 4
Quarto: A cartografia ou mapeamento espiritual

Um outro princípio que aprendemos nas Escrituras é o levantamento ou mapeamento espiritual de uma cidade. Esta pesquisa ajudará o guerreiro a perceber o verdadeiro quadro espiritual da cidade e o capacitará a preparar uma estratégia de guerra para vencer o inimigo. O tema requer um outro livro, mas podemos resumir aqui algumas coisas. 
Quando o povo de Israel entrou na terra prometida Deus falou ao povo as condições espirituais da gente daquela terra e alertou o povo de Israel quanto aos perigos que enfrentaria. Deus os avisa de antemão que eles encontrariam altares sobre as altas montanhas, sobre os outeiros e  debaixo das árvores frondosas (Dt 12.2,3). O povo foi alertado quanto ao tipo de culto que eles teriam de evitar em Canaã: Gente que sacrificava os seus filhos, advinhadores, prognosticadores, agoureiros, feiticeiros, encantadores, necromantes, mágicos, espíritas (consultavam os mortos) e lhes diz: "Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os advinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa" (Dt 18.10-14). Eis aí uma cartografia espiritual do povo que habitava em Canaã.
Você se recorda do que fez Neemias quando chegou a Jerusalém? A cidade estava destruída e, durante a noite ele saiu para fazer um levantamento da situação. Foi sozinho. E, partindo da observação que fez, Neemias fez um levantamento do que precisaria para reconstruir a cidade (Ne 2.11-17). Neemias precisava preparar uma estratégia de defesa contra os inimigos que não queriam a reconstrução da cidade.
O rei Josias fez o mesmo. Decidido a servir a Deus e a governar o povo conforme as leis de Moisés, Josias fez um levantamento espiritual da situação e começou sua reforma em Israel. O capítulo 23 de 2 Reis descreve a vida espiritual do povo. Ele encontrou no templo utensílios de adoração a Baal, para adoração às estrelas, ao sol, a lua e aos planetas. Havia cultos com orgia sexual dentro do templo e gente queimando os filhos a Moloque no vale dos filhos de Hinon. Havia cavalos dedicados ao sol e adoração a Astarote, Camos e Milcom e em vez de profetas e sacerdotes, médiuns e feiticeiros espalharam-se por todo o reino levando o povo a adoração aos ídolos. Josias, a tudo destruiu.
No Novo Testamento, vemos Paulo fazendo um rápido levantamento espiritual  da cidade de Atenas. E ele mesmo diz: "porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: Ao Deus desconhecido" (At 17.23). Paulo andou pela cidade, examinou os ídolos, viu o tipo de deus que o povo adorava, e, com base no que viu preparou a mensagem que transformaria o coração do povo ao Deus vivo e verdadeiro.
A cartografia espiritual serve de ajuda para que o guerreiro perceba que tipos de espíritos operam numa determinada vila, cidade, estado ou mesmo num país. Por que em determinadas áreas da cidade existem menos igrejas? E por que num outro lado as pessoas se convertem com mais facilidade? Ao fazer um levantamento espiritual da área pode-se descobrir as razões. (Às vezes existem lugares de adoração a Satanás camuflados que permitem aos demônios controlarem aquela região). O mapeamento espiritual permite saber a que tipo de "santo" ou demônio a cidade em que se vive foi consagrada. Toda cidade é dedicada a um "santo" católico que tem o seu correspondente nas religiões afro-ameríndias. Por que a padroeira ou padroeiro de uma cidade tem um nome na religião católica e outro na Umbanda?
Recentemente os cristãos descobriram que todos os dias às 15 horas o Brasil é  consagrado a senhora  Aparecida em missa reali­zada na cidade de Aparecida do Norte. Será que isto pesa espiritualmente no Brasil? Certamente. Pois até um feriado nacional é dedicado a esta entidade espiritual. Todos os anos no dia 12 de Outubro o país é consagrado a essa entidade espiritual.
Investigando os arquivos da história das cidades pode-se saber a que tipo de entidade a cidade foi dedicada e que tipo de principados a governam. Muitas vezes a imprensa, à procura de matéria para suas edições dominicais, traz muita luz que podem ser úteis. Isto foi o que aconteceu em Porto Alegre quando um jornal local apresentou uma série de três reportagens sobre um "príncipe" afri­cano que teria governado o Rio Grande do Sul. A reportagem é clara, dando a entender que, por trás de um governo político, havia um líder espiritual que influenciou a história do Estado. Este homem teria ditado os rumos espirituais do Rio Grande do Sul numa época em que o humanismo e o integralismo dominavam a cultura política gaúcha. Diz a reportagem que ele governa até hoje e que espiritualmente ainda reside no Palácio do Governo. Ora, isto é muito sério.
Sabedores disto, os crentes podem cerrar fileiras em oração contra estas potestades que dominam o cenário político e econômico de sua região.
Para que uma batalha espiritual seja bem sucedida é preciso aprender com Deus a arte da guerra que ele ensinou aos filhos de Israel no Antigo Testamento.